Foto: Reprodução/Portal SGC/Redetv!RO
O documentário "A Cidade Que Não Existe Mais" revive a trajetória de Santo Antônio do Rio Madeira, povoado fundamental do Norte brasileiro que desapareceu do mapa, mas permanece na memória da Amazônia. Baseado no livro homônimo de Júlio Olivar, o longa percorre quase 300 anos de história, desde a chegada dos jesuítas em 1728 até a incorporação do território por Porto Velho, em 1945.
Com produção e elenco totalmente rondonienses, o filme destaca ciclos de nascimento, destruição e reinvenção da cidade, mesclando registros históricos, depoimentos e reconstituições dramáticas. Entre os destaques estão:
A fundação da vila jesuítica e a resistência indígena dos povos Caripuna e Mura;
Os impactos da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e da Comissão Rondon;
A "belle époque tropical" de Santo Antônio e suas contradições;
Registros sonoros inéditos de indígenas Nambiquaras em 1912.
Memória viva
Dirigido por Marcos Nobre e com roteiro de Cláudia Moura, o documentário reforça a importância de preservar a história regional. "É mais que um resgate histórico; é uma homenagem a um povo", afirma a produtora. A obra também valoriza talentos locais, como os atores Marlu Semídio e Geovane Berno, que interpretam personagens ligados à saga da cidade.
Com forte apelo visual e sonoro, o filme revela uma Amazônia além da floresta: um território marcado por conflitos, cultura e complexidade. Santo Antônio do Rio Madeira pode ter sumido do mapa, mas, como mostra o documentário, sua história ainda pulsa em Rondônia.
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