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Motoristas que trafegam pela BR-364, nas proximidades da ponte de Candeias do Jamari (RO), têm enfrentado não apenas longas filas em razão das obras no local, mas também uma situação que tem gerado indignação generalizada: o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) está aplicando multas a condutores de veículos de passeio que formam filas paralelas à dos caminhões durante o sistema de "pare e siga".
De acordo com denúncias de usuários da rodovia, um funcionário do DNIT estaria fotografando as placas de automóveis que não permanecem na mesma fila dos veículos pesados. A justificativa apresentada é que a formação de fila dupla configura infração ao Código de Trânsito Brasileiro, mesmo na ausência de sinalização clara no local.
Com base nessas imagens, motoristas estão sendo autuados. A determinação do DNIT é que todos os veículos — leves ou pesados — aguardem juntos em uma única fila, o que tem aumentado significativamente o tempo de espera e o desconforto dos condutores que dependem da rodovia diariamente.
A medida, no entanto, vem sendo amplamente criticada. Motoristas afirmam que não foram informados previamente, que não há sinalização adequada e consideram o procedimento autoritário. "Além da demora, agora somos ameaçados com multas feitas por funcionários que não são agentes de trânsito. Isso é um absurdo!", desabafou um dos condutores.
Em nota, o DNIT defendeu a ação, alegando que o funcionário responsável possui autonomia para fiscalizar o trânsito durante a execução da obra, e que atua dentro dos limites legais. Segundo o órgão, a medida visa preservar a segurança e a ordem no fluxo de veículos.
Apesar da justificativa, aumentam as reclamações de motoristas e os pedidos de intervenção de órgãos como a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para esclarecer a legalidade das autuações realizadas por funcionários do DNIT. O órgão federal sustenta que sim, há respaldo legal para esse tipo de fiscalização. Enquanto isso, o sentimento predominante entre os condutores é de revolta. Muitos classificam a ação como "abuso de autoridade disfarçado de fiscalização" e prometem recorrer das multas aplicadas.
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