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Uma grave denúncia de abuso sexual foi registrada contra um professor emergencial da Escola Cívico-Militar de Ensino Fundamental e Médio Professor Daniel Neri da Silva, localizada no bairro Juscelino Kubitschek, zona leste de Porto Velho. A vítima é um estudante de 14 anos, diagnosticado com autismo nível 1, Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Segundo o boletim registrado na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), a mãe descobriu o caso ao acessar o celular do filho no dia 9 de julho de 2025, quando encontrou mensagens indicando envolvimento sexual entre o garoto e o professor. A denúncia foi formalizada dois dias depois, em 11 de julho.
O adolescente relatou que o primeiro episódio de abuso teria ocorrido em abril de 2024, quando tinha 13 anos. Na ocasião, o professor lhe ofereceu carona após a aula, e, já dentro do veículo, próximo à residência do estudante, o crime teria sido cometido. Ainda segundo o relato, o professor teria tranquilizado o menino afirmando que os vidros escurecidos do carro impediriam que fossem vistos.
Em novo episódio, no dia 9 de julho deste ano, o professor teria ido à residência do estudante após trocar mensagens com ele. A vítima foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames.
Em depoimento, a mãe demonstrou profunda tristeza e sentimento de culpa: "Meu filho vem sofrendo com isso há tempos, e eu me culpo por não ter percebido. Ele [professor] fez a cabeça do meu filho para ele achar que isso é normal. Dizia que era para ele ter experiência para quando fosse ficar com garotas.". A Polícia Civil está investigando o caso.
A Secretaria de Estado da Educação de Rondônia (Seduc) publicou, nesta quinta-feira (17), uma nota de esclarecimento repudiando veementemente o ocorrido e informando que todas as medidas legais cabíveis foram adotadas pela direção da escola assim que teve conhecimento dos fatos.
Segundo a Seduc, o professor foi imediatamente afastado da unidade escolar e devolvido à Superintendência Regional de Educação, que adotará os trâmites administrativos necessários. O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar e pela Polícia Civil.
A Secretaria reforçou seu compromisso com a integridade dos estudantes e afirmou que repudia qualquer forma de violência, abuso ou conduta inadequada no ambiente escolar, seja de natureza sexual, moral ou psicológica. Também informou que promove ações contínuas de prevenção e combate à violência nas unidades da rede estadual de ensino.
Confira a nota de esclarecimento:
Portal SGC