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A 12ª edição da Rondônia Rural Show Internacional, que começa na próxima segunda-feira (26), promete entrar para a história. Com mais de 650 expositores, delegações internacionais confirmadas e uma estrutura ampliada no Centro Tecnológico Vandeci Rack, em Ji-Paraná, a expectativa é superar a impressionante marca de R$ 5 bilhões em volume de negócios.
No ano passado, em 2024, a feira já havia batido recorde ao movimentar R$ 4,4 bilhões, consolidando-se como o maior evento de agronegócio da Região Norte do Brasil. Em 2025, o evento chega com ainda mais força, impulsionado por temas como agricultura de precisão, sustentabilidade, bioeconomia, energia limpa e expansão de mercados internacionais.
É um momento de celebração para o agro rondoniense. Um reconhecimento justo da força de quem planta, cria, transforma e gera riquezas mesmo diante de tantos desafios. E é exatamente por isso que precisamos reforçar um pedido de respeito ao propósito da feira: que a Rondônia Rural Show continue sendo um palco para os negócios - e não para a política eleitoral.
Estamos em um ano pré-eleitoral. Pré-candidaturas estão postas, alianças sendo costuradas, e discursos ganhando volume. Isso faz parte da democracia. Mas transformar um evento técnico e econômico como a Rondônia Rural Show em palanque eleitoral seria um erro grave - e um desrespeito com os milhares de produtores, técnicos, investidores e visitantes que vão a Ji-Paraná em busca de conhecimento, inovação e oportunidade.
A feira pertence ao agro. É o espaço de quem trabalha no campo, de quem pesquisa, de quem vende e compra. É uma vitrine de soluções e um ponto de encontro de quem movimenta a economia rondoniense - que, na maior parte, é sustentada pelo setor primário.
É claro que autoridades públicas são bem-vindas, afinal, o Estado também tem seu papel no fomento ao agronegócio. Mas é preciso saber se posicionar. Em vez de discursos políticos, o que se espera são anúncios de políticas públicas concretas, investimentos reais, incentivos à produção sustentável, ampliação de linhas de crédito e melhorias logísticas.
Que os holofotes estejam voltados para os pequenos e médios produtores que inovam, para os pesquisadores que trazem soluções climáticas e genéticas, para os bancos que financiam tecnologia, para as cooperativas que unem comunidades. Que os microfones amplifiquem as histórias de sucesso do campo - e não slogans eleitorais.
A Rondônia Rural Show é um patrimônio do nosso estado. Cabe a todos nós protegê-la do uso indevido e garantir que ela permaneça sendo o que é: um motor de desenvolvimento, um símbolo de prosperidade e um ponto de convergência do agronegócio com a sustentabilidade e o futuro.
Destaque
E, reforçando o que ressaltei no artigo anterior, já passou da hora de a Feira sair das mãos da gestão governamental e ser, como todas as demais do mesmo porte no país, gerida pela iniciativa privada, associações ou cooperativas.
Fernando Pereira