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Um espetáculo de drones e fogos de artifício homenageou o Brasil nesta segunda-feira (14), data nacional da França, em frente à Torre Eiffel, monumento mais famoso de Paris.
O show pirotécnico começou às 23h locais (18h de Brasília) e durou 20 minutos. Ao todo, 1.100 drones decolaram da ponte d'Iéna, em frente à torre, para formar imagens alusivas ao Ano do Brasil da França, temporada de atividades culturais que vai até setembro, e aos dez anos que separam duas grandes cúpulas internacionais sobre o aquecimento global, a COP21, realizada em Paris, da COP30, que será em novembro, em Belém.
Antes dos fogos, como é tradicional, ocorreu um concerto de música clássica no Campo de Marte, o amplo gramado adjacente à torre. Nele, apresentou-se o sopranista (soprano masculino) Bruno de Sá. Os drones formaram imagens de animais da fauna brasileira enquanto ocorria a queima de fogos, predominantemente nas cores da bandeira do Brasil. Também foi formada no céu a expressão "Accord de Paris", juntamente com um navio estilizado, parte do brasão da capital francesa. Os drones também compuseram duas figuras de sambistas dançando em uma corda bamba.
A prefeitura ainda organizou um banquete para 3.000 convidados nos jardins do Trocadéro, em frente à Torre Eiffel, do outro lado do rio Sena, com vista privilegiada para o show de fogos. Entre os chefs que participaram da recepção, estava a brasileira Sarah Lima, encarregada das sobremesas brasileiras. "São mais de mil tapiocas, brigadeiros de chocolate e mousses de maracujá", explicou a chef, que mora há mais de 15 anos na França.
De manhã, ocorreu a tradicional parada militar de 14 de julho. O desfile voltou à principal avenida da capital francesa, a Champs-Elysées, depois de um ano de hiato -em 2024, foi realizado na avenida Foch, devido aos preparativos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris.
Este ano, a parada homenageou a Indonésia, para marcar 75 anos de relações diplomáticas. Sete mil homens e mulheres desfilaram na Champs-Elysées.
A conjuntura internacional aumentou o interesse pelo desfile militar deste ano. Na véspera, o presidente da França, Emmanuel Macron, havia anunciado um aumento de EUR 6,5 bilhões (cerca de R$ 42 bilhões) nos gastos militares até 2027, elevando o orçamento das Forças Armadas para EUR 64 bilhões (cerca de R$ 417 bilhões), o dobro de uma década atrás.
"Para ser livre neste mundo, é preciso ser temido. Para ser temido, é preciso ser poderoso", afirmou Macron, citando a ameaça russa e a imprevisibilidade dos EUA de Donald Trump como motivos para a decisão.
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