Feira de Tecnologia em Manaus apresenta 190 projetos inovadores criados por estudantes do ensino técnico

A 7ª edição da Feira de Tecnologia e Inovação da Fundação Matias Machline movimentou o Distrito Industrial de Manaus nesta sexta (27) e sábado (28). O evento, gratuito e aberto ao público, apresentou 190 projetos de iniciação científica desenvolvidos por alunos do ensino médio técnico da instituição, com foco em soluções aplicáveis à indústria, saúde, educação, meio ambiente e entretenimento digital.

Durante os dois dias de programação, o campus da Fundação se transformou em uma grande vitrine de inovação. Ao todo, mais de 600 alunos participaram da feira, que também contou com a presença de professores, coordenadores e empresários convidados para conhecer de perto o potencial dos estudantes.

"A feira foi a culminância de três anos de formação técnica. Os alunos desenvolvem projetos significativos, com foco nas necessidades da indústria e da sociedade. Eles saem daqui com uma vivência prática essencial para o mercado de trabalho", afirmou Marcos de Paula, diretor de ensino e pesquisa da Fundação.

Divididos em sete trilhas de conhecimento, os projetos abrangeram temas como Cidades Inteligentes, Tecnologias para Educação e Sociedade, Fontes Renováveis, Saúde, Agricultura, Empreendedorismo, Jogos e Entretenimento. O objetivo principal, segundo os organizadores, foi aproximar a comunidade e o setor produtivo das iniciativas dos alunos.

"Tivemos sete orientadores e cerca de 50 professores envolvidos. Nosso papel é justamente incentivar esses estudantes a propor soluções reais, baseadas em tecnologia, desde o primeiro ano do curso técnico", explicou Sérgio Roberto, coordenador da feira.

Projetos selecionados para feira nacional

Entre os destaques desta edição, cinco projetos foram selecionados para representar a instituição na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), um dos maiores eventos científicos estudantis do país, que acontecerá em São Paulo.

Um deles é o Fibraki, uma máquina semiautomatizada para a produção de azulejos feitos com fibra de coco. A proposta alia sustentabilidade e inovação e foi desenvolvida por alunos da 3ª série do ensino médio.

"Passamos seis meses desenvolvendo o projeto e é muito gratificante ver esse reconhecimento. A gente aplicou todo o conhecimento adquirido ao longo dos três anos de curso. É como encerrar esse ciclo com chave de ouro", declarou Débora Leite, uma das autoras da iniciativa.

Outros projetos selecionados foram:

Astros: telescópio educacional automatizado com realidade aumentada;

Capsule Clean: máquina automatizada para limpeza de cápsulas de remédio;

Haslett: simulador de realidade virtual para manutenção em subestações elétricas;

Aura: sensor inteligente de impurezas no ar com monitoramento via aplicativo.

Para os alunos mais jovens, o evento também serviu como estímulo e inspiração. "Vi muita coisa interessante que posso adaptar e melhorar nos meus próprios projetos futuramente", contou Brayan Rafael, aluno da 1ª série do ensino médio técnico.

A feira reafirmou o papel da Fundação Matias Machline como referência em educação técnica de excelência, e mostrou que tecnologia, quando aliada à formação prática e criativa, pode transformar realidades — e mudar o futuro.

Karol Santos - Portal SGC