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As necessidades do corpo, ao serem supridas, não plenificam o indivíduo por completo, mas apenas parcialmente. É importante reconhecer e legitimar também as necessidades superiores, as quais podem passar despercebidas, caso a pessoa não saia do automatismo da existência. Agir de forma rotineira, automática, sem pensamentos críticos e consciência plena faz com que o ego e o instinto, como dupla da herança ancestral animal, conduzam e comandem a vida. Não questionar esta liderança é se perder no caminho, pois é fundamental que o indivíduo alcance voos superiores. Viver é muito mais do que suprir as necessidades fisiológicas, ou das sensações momentâneas do prazer. É ir além dos deveres.
Se o sexo indistinto supre o momento, carece de polimento maior dos sentimentos. O amor e os sentimentos sublimes só aparecem com o tempo, a dedicação e a afinidade refinada. É preciso investir e cuidar, como em qualquer outra área da vida. Agir por sensações momentâneas e passageiras apenas supre o ego, o orgulho, mas não o Self. Quem se identifica com o passageiro não consegue colher depois o eterno, o infinito, as boas lembranças que fazem do indivíduo legítimo portador de luz e amor. Mais do que a pressa para degustar e curtir a vida, a responsabilidade para seguir adiante o que realmente importa.
Para muitos, as demandas inferiores imperam. Para os despertos, as necessidades superiores como filão de ouro a ser descoberto e explorado. Apenas assim a vida tem sentido de forma a conduzir a satisfação consigo mesmo e com o universo bendito de Deus.
Paulo Hayashi Jr