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Parece mentira
O Brasil foi assolado por uma onda de notícias falsas. Entre desmentidos e ingênuos repassando a mentira como se fosse verdade a campanha eleitoral transcorreu com muito ruído, mas não abalou o país. Tudo mudou após as mais de 300 milhões de visualizações de uma postagem mentirosa sobre a taxação do Pix. O uso de aplicativos e robôs para inflar exageradamente as fake news se torna criminoso quando tumultua a economia.
Se a queda na popularidade do presidente Lula da Silva tiver origem na enxurrada de fake news, é problema dele. Mas se a inflação e outras dificuldades da população sofrem a influência de notícias falsas, como o tumulto causado pela mentira de que o Pix seria taxado, a situação muda de figura. A taxação foi sugerida pelo ex-ministro Paulo Guedes, no governo Bolsonaro, mas não prosperou. Não há cabimento em taxar valores sobre os quais não há informações sobre quais e quantos impostos o valor sofreu antes de ser transferido. Seria uma imposição absurda.
Ficou difícil acreditar no noticiário, depois da confusão artificialmente criada em torno do Pix. Há pouco foi aprovado no Mato Grosso projeto de lei considerando as terras amazônicas daquele Estado como pertencentes ao bioma cerrado, o que facilitaria o desmatamento. Parecia uma notícia falsa, pelo absurdo embutido na ideia. No entanto, era verdade, tanto que o governador Mauro Mendes vetou integralmente a proposta.
Balcão de negócios
A Câmara Municipal de Porto Velho abre seus trabalhos com maioria confortável do prefeito Leo Moraes (Podemos) o que vai facilitar a aprovação dos projetos emanados do Poder Executivo. A diferença com a legislatura anterior é que os novos vereadores prometem ler as matérias e fiscalizar melhor o Poder Executivo. Existem boas expectativas em torno da nova legislatura, mas as decepções são inevitáveis já que a política se transformou num balcão de negócios. Tanto é verdade que todos os vereadores foram eleitos pela aliança adversária e a maioria já virou a casaca.
Boa oportunidade
Primeiro evento com grande público no estado em 2025, a corrida de jericos em Alto Paraiso, incluída na programação do aniversário de emancipação daquele município, será uma boa oportunidade para os políticos com intenções disputar as eleições do ano que vem aparecer, para trocar afagos com a população. Além dos deputados da região, reeleitos em Ariquemes, Buritis e Machadinho, políticos da capital e da região central se farão presentes. Nos tempos de Cassol e Expedito no poder eles se enlameavam até o talo nas corridas para deleite da plateia.
Base de apoio
Já, na Assembleia Legislativa, agora com sua nova mesa diretora, capitaneada pelo deputado Alex Redano onde o governador Marcos Rocha sempre contou com maioria, por conta das eleições 2026 o governo estadual poderá perder parte da sua base de apoio. Tudo vai depender se atende ou não as exigências dos parlamentares estaduais. Como se sabe, um grupo projeta a candidatura de Fernando Máximo ao governo estadual e se não conseguir seu objetivo poderá virar oposição ao governo que aí está. As conversações estão em andamento e não se sabe o que vai acontecer.
Clãs em guerra
Os clãs Donadons e Neiva tornam a se enfrentar no Cone Sul pela eleição de deputados estaduais e federais. Para Assembleia Legislativa o confronto em 2026 será entre Rosangela Donadon e Ezequiel Neiva. O segundo ganhou a parada e foi bem mais votado que Rosangela no pleito passado. O segundo confronto no ano que vem será entre o ex-deputado federal Natan Donadon (Vilhena) e Wiveslando Neiva (Cerejeiras), bem votado na disputa passada. O Cone Sul só tem perdido representatividade nos últimos anos e faz um bom tempo que não emplaca um deputado federal, onde já teve bons parlamentares como Reditário Cassol, Arnaldo Martins e o próprio Natan.
Via Direta
***Mesmo em viagem de férias, o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) tem acompanhado os primeiros passos do seu sucessor Leo Moraes (Podemos) e tem evitado responder ações consideradas retaliatórias do adversário *** Vem aí o carnaval, onde só decola o Rei Momo. Depois disto os políticos entram em campo fomentando as disputas para as eleições do ano que vem *** Existe grande expectativa sobre a troca de partidos bem como as invasões partidárias no velho estilo goela abaixo, algo que se tornou uma rotina na política rondoniense *** E a oposição começou a voduzar a atual gestão do Prédio do Relógio na capital.
Carlos Sperança