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Política & Murupi

Confira a coluna


1.1- Obituário prévio


"Perdeu Mané. Não amola". Esta foi a contribuição do Barroso para a sua biografia e lápide. Numa fala chorosa, melosa e mentirosa o advogado que presidiu o STF anunciou sua saída à francesa, quebrado na alma com a sanção do Laranjão. Seu sucessor terá que ser muito ruim para rivalizar com ele. Não sou de chutar cachorro morto, mas Barroso merece apodrecer por aí! E que venha o resto da tchurma logo.

1.2- Xandão: um bode de bicheira


Primeiro a sanha de esmiuçar a vida do cidadão. Veio o inquérito do fim do mundo e todo brazuka não esquerda virou suspeito. Mas era pouco e veio a gana de multar e prender. O recorde em um só dia no 8/1, tendo como pano de fundo a defesa da democracia, ministros, STF, TSE, estado democrático de direito tudo isso ancorado numa espécie de nova constituição revista, ampliada e recheada das ideias saídas do Mr. Sobrancelhas, que agora pega seus panos e teréns para cuidar de si. Suas "ideias ou ideais", porém acharam terreno bem adubado na mente de quem só vê crimes para onde quer que olhe. Se é vero que o crime não compensa Tagliaferro está obrigando seu ex herói descalvado a mirar seu umbigo e revisitar seus erros. Numa sinuca de bico, ALeiMoraes dobra a aposta para dominar a narrativa e os outros ministros, enquanto se agarra à cadeira conspurcada pelos manifestantes do 8/1 e se apraz no amor platônico da dama que diz "não deixe o samba morrer".

1.3- O apagão e o ministro iluminado


Alexandre Silveira - sempre tem um que deseja ser luz - vive no ministério de Minas e Energia agarrado a um fio energizado e desencapado. Em março de 2023 suas deveria ter saído por pressão da Gleisi que alegou traição a Lula e promessas de campanha, levando para o Conselho de Administração da Petrobras nomes que "la belle d’jour" viu como "pró-mercado". A língua bífida da Gleisi acusou Silveira de "estelionato eleitoral" ao escolher gente que era "contra o que o presidente falou na campanha". Salvo, ele seguiu aos tombos apesar dos avisos, mas não se pode dizer que Silveira é traidor. Às vezes é até o contrário quando parte na defesa do governo assumindo idiotices como a de hoje, ao dizer que o apagão de ontem que deixou às escuras 23 estados não foi apagão, apenas falta de energia. É a treva!

1.4- E o Nobel vai para...


María Corina Machado, o calo de Maduro foi a escolhida pelo Comitê do Nobel em Oslo. Claro que sempre haverá os prós e os contras e não seria diferente por ser a Corina um símbolo latino maior com sua luta contra a ditadura da Venezuela. Oculta num canto do seu país, Corina recebeu comovida a ligação do presidente do Comitê, Jørgen Watne Frydnes que, também comovido, disse: "Como líder do movimento pela democracia na Venezuela, Maria Corina Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos". Aqui em nossa pátria mãe gentil, canhoteiros e canhoteiras, democratas e feministas falaram contra ou não valorizaram a escolha que passou longe do nosso grande líder que foi até descortês com a corajosa Corina. Mas o jogo é esse.

1.5- Tudo às claras


Prefiro assim. Sem meias palavras, sem subterfúgios pois se é para ser que seja e se é para fazer que se faça. Para os críticos ela é apenas a primeira dama e para os admiradores é A Primeira Dama. Para o marido, mais que esposa, uma mulher diferente de outras, empoderada, que faz, fala e acontece com a liberdade que tem e com a que ele lhe dá. Para o pagador de impostos um custo alto no descalibrado orçamento do país. Certo é que aos trancos e barrancos a estilosa, dizem seus seguidores, roda o mundo e revela em suas redes sociais. França, Itália, França, China, França, EUA e de novo França, pois como diz o que se autodefenestrou, "sempre haverá Paris". Com o decreto de acesso ao Gabinete da Presidência, a primeira-dama, vai representar o Brasil em Paris, na França, de 19 a 21 de outubro. Comitiva, roupas, secretária, cinegrafista, cartão, tudo pronto para ela estar lá. "Pois que lá teja. Nois sofre, nois goza e ainda paguemo a conta Monsieur Macron".

1.6- Fim de papo


Que coisa... Não convidem para rachar um hamburger e uma coca, o Ciro Nogueira do PP e Eduardo Bolsonaro do PL. No rango ou no voto, "farinha pouca, meu pirão primeiro". Cada um fica cuidando de si e o povo que se exploda. Que coisa...

Léo Ladeia

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