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Só inimigos do Brasil torcem pelo efeito do tarifaço

Confira a coluna


Máquina de infelicidade

Só inimigos do Brasil torcem pelo efeito destrutivo no PIB nacional das turbulências causadas pelo desatinado tarifaço supondo que isso possa ser usado contra o presidente Lula da Silva. Aliás, o presidente caía pelas tabelas em popularidade quando Trump e seus associados internos lhe permitiram erguer a bandeira nacional enquanto seus oponentes se exibem nas redes sociais agitando bandeiras dos EUA com bonés MAGA.

Na verdade, o tarifaço desgraça todos os países, empenhados em reduzir a dependência de produtos estrangeiros. O Brasil tem o universo quase inexplorado da Amazônia para alavancar seu PIB no futuro, mas precisa ser rápido para vencer o atraso.

Há uma chance de que a insanidade das tarifas venha a ser vencida, pois o povo americano é o primeiro a sofrer, como explica uma análise da Confederação Nacional da Indústria (CNI): os EUA serão o país mais prejudicado pelas tarifas, com seu PIB caindo ao redor de 0,37% em razão das barreiras tarifárias impostas ao Brasil, à China e a outros 14 países.

Para o PIB brasileiro e o chinês é prevista redução em 0,16%. No mundo, queda de 0,12% na economia, configurando uma situação de perde-perde para todos, mas principalmente para os americanos, de acordo com o presidente da CNI, Ricardo Alban. A questão é se o causador de tanta desgraça despertará da insanidade, parando de distribuir infelicidade.

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As manifestações

Segue nas principais capitais brasileiras o movimento para a presença de bolsonaristas patriotas para a manifestação pró-anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro no dia 7 de setembro, domingo, paralelamente ao julgamento do mito no STF. Em Porto Velho, a cidade menos bolsonarista do estado, as últimas convocações da militância foram pífias. Mas os conservadores tentam estimular a presença dos manifestantes, citando que o ato será decisivo no sentido de influenciar o resultado do julgamento. Mesmo com as ações perdendo força, o Palácio do Planalto está tomando todas as providências em termos de segurança em Brasília para não ocorrer novos vandalismos dos "patriotas".

Acordo firmado

Pelo acordo firmado pelos caciques nacionais do União Brasil, Antônio Ueda e Ciro Nogueira do PP, cada partido terá seu próprio candidato ao Senado em Rondônia. O governador Marcos Rocha que assumiu a direção do União Progressista fruto da federação formada pelos dois partidos será o postulante ao Senado pelo UB, enquanto a deputada federal Silvia Cristina tem as bênçãos de Ciro Nogueira para ser a candidata pelo PP. Como Rocha estão dando as cartas pelo União Progressista, caberá a ele decidir quem será o candidato a governador pela coalizão. Inicialmente está acertado que será o vice-governador Sergio Gonçalves que assume o CPA em abril do ano que vem.

Todos os gostos

Pelo que rola nos bastidores temos manifestações para todos os gostos em 7 de setembro na data magna da independência. De um lado os bolsonaristas exigindo anistia o ex-presidente preso com tornozeleira eletrônica, de outro os petistas e partidos associados, além de sindicatos e entidades nacionais numa manifestação pela soberania nacional, depois dos tarifaços e da associação dos Bolsonaros com o presidente dos EUA Donaldo Trump para ferrar o Brasil. Que esta polarização não resulte em embate nas ruas. Territorialistas, esquerdistas e conservadores ainda parecem búfalos trocando cabeçadas na disputa as manadas.

Redução dos voos

A drástica redução de voos em Rondônia, uma segurança pública em colapso, a saúde num caos danado, o péssimo atendimento de água encanada e a coleta e tratamento de esgotos em patamares dos países terceiro-mundistas demonstram claramente a necessidade dos rondonienses avaliarem se nossos representantes políticos merecem ser reeleitos. A começar pela falta de estratégia para carrear recursos. Rondônia na recente presença do presidente Lula aprovou moção de repudio ao mandatário, enquanto os políticos do Acre - mesmo sendo também bolsonaristas - receberam o presidente com tapete vermelho. Os estados dependem de recursos federais, mas os políticos locais comem pão dormido e arrotam caviar.

Os ex-prefeitos

Prefeitos que projetavam escalar cargos importantes no cenário político rondoniense acabaram ficando pelo caminho, casos dos ex-prefeitos de Ouro Preto do Oeste Alex Testoni e Carlos Magno, de Vilhena, Melki Donadon, José Guedes e Carlinhos Camurça, de Porto Velho, entre outros. Nas eleições 2026 vários ex-alcaides vão enfrentar as urnas, desde a disputa ao governo estadual, caso do prefeito de Cacoal Adailton Fúria, bem avaliado nas regiões do Café e Zona da Mata, até os ex-prefeitos de Ji-Paraná Jesualdo Pires e Esaú Fonseca, sempre lembrando o potencial de Joãozinho Gonçalves que foi prefeito de Jaru até recentemente.

Boas expectativas

 Com obras importantes do governo federal anunciadas pelo presidente Lula, os petistas de Rondônia ficaram mais otimistas com relação as suas chances no estado nas eleições do ao que vem. A expectativa é de o partido com suas alianças elegerem um deputado federal e dois estaduais depois de um longo período de vacas magras. Na centro esquerda alguns políticos procuram a reabilitação, depois de caírem para a Série B. Caso do ex-prefeito e ex-deputado federal Mauro Nazif e do dirigente Vinicius Miguel (PSB) e do ex-presidente da Assembleia Legislativa Hermínio Coelho.

Via Direta

*** Tão poderoso com o agronegócio, o vizinho estado do Mato Grosso que tem a atraído levas de rondonienses, está construindo uma ferrovia com recursos próprios, a chamada Ferrogrão, ligando suas regiões produtoras de soja até o porto de Mandirituba no Pará, numa extensão de quase 1000 quilômetros *** O final de agosto foi ruim para os comerciantes de vários segmentos em Porto Velho. Muitos lojistas urrando pela falta de dinheiro na praça *** Está chegando o inverno amazônico em outubro, será um grande teste para verificar a competência da nova gestão municipal. É época de alagações nos bairros e tempo de voduzar o prefeito e o governador na capital Vamos ver como é que serão as coisas neste inverno.


Carlos Sperança

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